(Quase) Tudo sobre o Cataclisma Aviso de spoilers sobre a história (dã) e aviso de textão :v Um dos principais pontos da história de Genshin Impact é o Cataclisma, evento que começou com a destruição da antiga nação de Khaenri'ah e se espalhou em um conflito que abalou as 7 nações de Teyvat. Mas para entender o cataclisma, primeiro é preciso falar sobre Khaenri'ah em si. - Khaenri'ah - A nação natal de Dainsleif era uma nação subterrânea, considerada o orgulho da humanidade pois ela conseguiu prosperar sem a ajuda de nenhum deus. Era uma nação extremamente avançada graças à arte da Khemia, um tipo de alquimia que conseguia até mesmo gerar vida. Vida inclusive era algo inexistente no subterrâneo, não havia árvores, plantações e nem animais. Tudo o que passou a existir lá foi criado com a Khemia (que é a mesma alquimia que o Albedo utiliza). Apesar de viverem no subterrâneo, eles tinham um grande conhecimento sobre as estrelas e o universo. Tem toda uma teoria sobre como o verdadeiro céu está abaixo da terra e que o céu que nós vemos é falso (confirmado pelo Scaramouche), mas vamos focar no cataclisma. A sua conexão com a astronomia era tão grande que a realeza de Khaenri'ah era chamada de Dinastia do Eclipse. - A destruição de Khaenri'ah - Khaenri'ah como nação já tinha mais de 4 mil anos de existência (Mondstadt por exemplo tem 2 mil), e com a sua tecnologia eles criaram os robôs Guardiões da Ruína, cujo nome original era Cultivador da Terra. Haviam vários tipos deles e cada um era forte o suficiente para lidar com um portador de visão. Essa tecnologia era tão avançada que até a falecida Guizhong, a Deusa da Poeira e amiga de Zhongli, despertou um interesse neles e começou a estudá-los, isso 2 mil anos atrás. Como já sabemos, Celestia tem o costume de acabar com civilizações que avançam demais na tecnologia ou que até mesmo a ameace, logo Khaenri'ah virou o seu próximo alvo 500 anos atrás. Aqui entra um mistério, pois não se sabe o que veio primeiro... Mas na época do ataque à Khaenri'ah, ocorreram duas coisas: 1- Celestia enviou os Sete Arcontes para acabar com Khaenri'ah 2- Gold, o (a) alquimista de Khaenri'ah criou um exército de monstros, alguns que vieram até de outro mundo, e os enviou para as sete nações. Não dá para saber se Gold atacou primeiro ou se usou os monstros para revidar ao ataque dos deuses. É provável que tenha usado para revidar mas nunca se sabe né 🤷 meio cedo pra sair julgando, visto que todas as nações realizaram expedições para Khaenri'ah para acabar com os monstros. - O ataque dos deuses à Khaenri'ah - Todos os Sete Arcontes foram enviados à Khaenri'ah para dizimar a nação. Nessa época, os irmãos Aether e Lumine estavam lá e viram a destruição em pessoa. A Lumine havia viajado por Teyvat antes e já sabia de coisas que seu irmão Aether não sabia, já que ele passou a maior parte do tempo adormecido (sabe-se lá por quê). Vendo toda aquela destruição, os dois tentaram fugir de Teyvat e ir para o próximo mundo, até que a Deusa Desconhecida os impede como é mostrado no início do jogo. Nesse ataque pelo menos dois deuses morreram: o antigo Arconte Dendro, o Deus das Florestas, e a Raiden Makoto, Deusa da Transição e antiga Arconte Electro. O que exatamente causou suas mortes ainda é desconhecido, mas tanto a morte da Makoto como a própria destruição de Khaenri'ah deixaram marcas profundas em Raiden Ei, a atual Arconte Electro. Apesar de Khaenri'ah ter sido destruída, Celestia puniu seus habitantes com uma maldição, os transformando em monstros. Esses sobreviventes mais tarde se reuniriam e formariam a Ordem do Abismo. Aqueles magos de escudo elemental, assim como o Apóstolo do Abismo (Herald) e o Bardo do Abismo (Lector) são todos habitantes de Khaenri'ah amaldiçoados. Mas há ao menos duas pessoas de Khaenri'ah que não sofreram dessa maldição. Um deles é Dainsleif, antigo guarda real de Khaenri'ah que foi amaldiçoado com a vida eterna, e que atualmente já perdeu grande parte de sua memória (talvez pelo fato de que um ser humano não deveria viver 500 anos). Outro é o Kaeya, considerado a última esperança do seu povo. Como que ele e seus antepassados escaparam da maldição de Celestia ainda é desconhecido. Até onde se sabe, os Hilichurl não estão inclusos nisso já que eles são uma existência ainda mais antiga do que Khaenri'ah, sendo apenas usados como peões pela Ordem do Abismo. Mas é curioso notar que dentre eles existe uma Tribo do Eclipse. Ao ver isso, Aether questiona se os dois não tem relação, já que ele conhecia a Dinastia do Eclipse que reinava em Khaenri'ah. - O exército de monstros de Gold - O que mais afetou Teyvat com a destruição de Khaenri'ah foi a horda de monstros que atacou todas as nações. No momento, conhecemos apenas dois tipos desses monstros: Durin, o dragão enorme que atacou Mondstadt, e os Cães da Fenda que encontramos em Tsurumi. É dito em um dos itens que os cães dropa que existe um ser de rank ainda mais alto do que Durin entre as criações de Gold. Todos os monstros de Gold foram exterminados durante o cataclisma, mas é possível encontrá-los em lugares inacessíveis, como a Ilha Tsurumi, onde ficaram presos lá sem poder sair por conta da névoa. - O cataclisma em Mondstadt - Após a queda de Khaenri'ah, uma horda de monstros atacou Mondstadt. Para enfrentá-los, os Cavaleiros de Favonius se reuniram e partiram em uma expedição até Khaenri'ah, a origem dos monstros. Nessa expedição participaram o antigo Mestre dos Cavaleiros Arundolyn e seu amigo e rival Rostam, conhecido como Filhote de Lobo. Enquanto Arundolyn era o Mestre dos Cavaleiros, Rostam ajudava a proteger a cidade pelas sombras. Na expedição também participou o aprendiz de Rostam, um cavaleiro sem nome que mais tarde seria conhecido como o Cavaleiro Manchado de Sangue. E durante essa expedição, Rostam acabou falecendo junto com vários outros cavaleiros. Após a sua morte, Arundolyn nunca mais lutou novamente. Apesar da morte de Rostam, o Cavaleiro Manchado de Sangue seguiu em frente derrotando todos os monstros sem piedade, até que chegou em Khaenri'ah e descobriu a verdade, que os monstros eram os habitantes amaldiçoados injustamente (segundo ele). Após isso, ele jurou lealdade ao Abismo. A morte de Rostam teve um impacto ainda maior para uma outra pessoa, a sua namorada Rosalyne-Kruzchka Lohefalter. Ela estava estudando em Sumeru durante o cataclisma, e voltou para sua cidade natal apenas para testemunhar a destruição de sua vila pelas garras dos monstros. Além disso, também soube da morte do seu amado. Foi aí então que ela sacrificou sua vida e seu corpo para se tornar a Bruxa das Chamas Carmesim, que mais tarde seria conhecida como a La Signora dos Fatui. A horda de monstros também atacou o Reino dos Lobos, fazendo com que os lobos quase entrassem em extinção. De acordo com a missão do Razor, esses monstros, especificamente os Cães da Fenda, ainda estão vivos e disputam território contra os lobos. Também há relatos de ataques contra humanos mas seus números devem ser baixos já que os Cavaleiros de Favonius não entraram em ação igual fizeram durante o cataclisma. Além da horda de monstros, um perigo ainda maior atacou Mondstadt na época: Durin, o Dragão Negro. Ele era descrito como um dragão horrendo, com olhos vermelhos e um corpo esquelético, apenas com suas asas intactas. Para proteger a cidade, Venti convocou seu amigo Dvalin para lidar com a ameaça. Os dois lutaram nos céus e Dvalin conseguiu dar um golpe final, um mordida fatal em seu pescoço, e o corpo do dragão maligno caiu em Dragonspine. Segundo o que diz nas armas de Dragonspine, Durin foi atraído para Mondstadt e não estava ciente das suas ações. Mesmo após ser ferido mortalmente, ele ainda assim desejou que tivesse conhecido Dvalin em circunstâncias diferentes, indicando que alguma coisa havia o corrompido. E com Dvalin não foi diferente. Após a mordida, esse veneno passou para Dvalin que começou a apresentar os mesmos sintomas de Durin. Tentando salvar o amigo, Venti o coloca em um sono profundo para que não torne outra ameaça para a cidade. Mais tarde ele despertaria e seria salvo pelo Aether, que consegue destruir o veneno em seu corpo. E a mesma coisa é relatada por Dvalin: após ele acordar, todos ficaram hostis com ele e ele não entendia o motivo, quando na verdade ele estava atacando a cidade sem perceber. - O cataclisma em Liyue - Em Liyue a horda de monstros vieram do Desfiladeiro, local que na época já era uma mina. É narrado em um dos materiais de ascensão de arma de Liyue que Zhongli começou a ofensiva, mandando um meteoro no Desfiladeiro para conter os monstros, e que esse mesmo meteoro foi corrompido pelos monstros, de forma semelhante ao que aconteceu com o Durin. Para evitar que a horda de monstros chegasse no Porto de Liyue, Zhongli reuniu os adepti e os millelith e juntos fizeram uma defesa impenetrável no Desfiladeiro. Muitos soldados morreram, mas graças aos seus esforços Liyue quase não sentiu o impacto do cataclisma. Atualmente a mina está interditada. O chefe da mina comenta que os mineradores encontraram algo estranho no fundo da mina e que todos que entraram em contato com o objeto ficaram em coma. Ao saber disso, os Qixing de Liyue mandaram selar imediatamente a mina, indicando que eles sabem do que se trata. É possível que seja o tal meteoro, ou que seja algo relacionado aos monstros, e também pode ter monstros sobreviventes lá. - O cataclisma em Inazuma - Já Inazuma não teve tanta sorte igual Liyue, sendo invadida pelos monstros principalmente na Ilha Narukami. Para conter a invasão, a Raiden Shogun (Ei) reuniu suas tropas para defender Inazuma, e mais tarde invadir Khaenri'ah em uma segunda expedição. Para mim, a linha do tempo é: * Raiden Makoto ataca Khaenri'ah * Os monstros de Gold atacam Inazuma, e a Raiden Ei protege a nação na ausência da irmã * Raiden Ei parte para Khaenri'ah para acabar com os monstros e se depara com a irmã morta em meio à destruição da antiga nação Mas nada confirmado, continuando :v A Kitsune Saiguu, sacerdotisa do Santuário de Narukami que era venerada como uma deusa kitsune, também se aliou à Shogun e juntas defenderam a Floresta Chinju dos monstros. A Kitsune Saiguu tinha um amigo e rival, o bake-danuki Ioroi. Ela o engana para ele ficar a salvo dentro da floresta enquanto ela e a Shogun lidam com os monstros atacando Inazuma. Após defenderem sua terra, a Kitsune acaba se despedindo da Shogun e parte para Khaenri'ah na luta contra os monstros, onde acaba perdendo a vida. Outra que partiu nessa primeira expedição foi a oni Chiyo, que era amiga da Saiguu e da Raiden Ei. Ela acaba sendo engolida por um monstro colossal, que era uma mistura de tigre com rabo de serpente. Ela ficou lá sem poder fazer nada enquanto os monstros matavam todos os soldados. Quando ela conseguiu cortar a barriga do monstro por dentro, já era tarde demais. Ela havia se corrompido assim como Dvalin, e parte para Inazuma onde ela ataca a Raiden Ei. Na luta, ela perde um braço e um dos chifres, e foge para uma floresta para nunca mais ser vista. Dizem que ela morreu nas mãos dos soldados humanos, ou até mesmo para o Maguu Kenki. Outro também que foi corrompido pelos monstros foi o Takamine, o Cortador da Névoa. Ele lutou contra os monstros incessantemente, e apenas foi derrotado quando sua espada se partiu. Foi dado como morto na expedição, mas na realidade ele sobreviveu e também foi corrompido pelos monstros, aparecendo mais tarde na Ilha Seirai onde seu antigo amor de sua vida vivia, sendo derrotado pela Asase com uma única flecha do Arco Caçador de Demônios. Para Asase, matá-lo foi o mesmo que salvá-lo. Após tantas mortes, a própria Raiden Shogun (Ei) decide invadir Khaenri'ah em uma nova expedição, dando um fim aos monstros que atacavam Inazuma. No evento recente do labirinto é contado sobre como os samurais foram treinados pelo Kamuna Harunosuke para lutar contra os monstros usando as artes místicas que ele desenvolveu em conjunto com as artes que aprendeu com os adepti de Liyue. Mas apesar de todos os esforços dos samurais, a Raiden Shogun quando se juntou à batalha derrotou a maioria dos monstros em um único golpe, levando todo o crédito nos livros de história. É mencionado também no livro Novas Crônicas dos Seis Kitsunes (V) que um dos kitsunes aprendizes da Kitsune Saiguu teve algo a ver com a invasão dos monstros e por isso foi banido do Santuário. - O cataclisma em Sumeru - Na floresta de Sumeru vivia uma caçadora sem nome, longe de toda a civilização e convivendo com a natureza. Ela era conhecida como Caçadora Verde Esmeralda. Depois da morte do Arconte Dendro, ela diz que as árvores da floresta ficaram em silêncio. Durante a invasão dos monstros, Sumeru também não foi poupada. Uma das vítimas foi um menino que a caçadora conheceu, morto pelas garras dos monstros. Como vingança, ela jurou exterminar todos eles e partiu da floresta, nunca mais sendo vista. - E as outras regiões? - Não se sabe ainda o que aconteceu nas outras regiões, nem que efeitos o cataclisma teve sobre elas. Uma coisa que sabemos é que a Tsaritsa, Arconte Cryo de Snezhnaya, cortou relações com Celestia após o cataclisma, chegando ao ponto de declarar guerra contra os deuses. Ela criou a organização conhecida como os Fatui, onde o líder deles Pierro também era um habitante de Khaenri'ah. Pierro diz que foi incapaz de impedir que os sábios de Khaenri'ah "rasgassem o véu do pecado", o que causou a destruição da nação. - Extra - Tem um livro no jogo que a gente recebe na história da Lisa que, segundo um mago do Abismo, contém um segredo sobre Khaenri'ah. O livro em questão é a Branca de Neve e os 6 Anões. De forma resumida, o livro conta sobre uma nação que vive em uma floresta, o único lugar iluminado em um mundo cheio de trevas que é controlado pela Mãe da Noite, a origem de todos os pecados. O (a) alquimista Gold também é chamado em outros livros como "o grande pecador". No livro tem um príncipe que veio de outro mundo para encontrar a princesa daquele reino de luz, e juntos eles fogem para ir ao reino do príncipe. No caminho eles encontram seis pigmeus pedindo ajuda, mas após ajudá-los, os seis acabam os traindo pois eles eram criações da Mãe Noite. O príncipe é envenenado e cai em um sono profundo, enquanto a princesa é raptada pela Mãe Noite. Um dos seis pigmeus se arrepende e tenta salvá-la, mas tudo em vão. A Mãe Noite revela que, graças aos seis, o Reino da Luz já não existia mais pois todos foram amaldiçoados por ela. E o livro termina com a Mãe Noite admitindo que no futuro ela será derrotada: "Dentro de milhares de anos, o meu maior inimigo descerá. Ele brandirá uma espada que anunciará o amanhecer e usará uma armadura que poderá refletir a luz do sol. Ele destruirá o meu reino e ressuscitará o Príncipe. A princesa então ficará livre do seu tormento eterno. Até lá, não temo nenhuma alma que haja na Terra da Noite, pois, nada trará um fim ao meu reinado, exceto a catástrofe anunciada pela profecia. Quanto a você, o escravo traiçoeiro que envenenou o seu mestre... o destino fará com que recebas o que merece."